sexta-feira, 13 de junho de 2008

PRÓLOGO

Que graças devemos mais especialmente pedir a Santo Antônio de Pádua? Julião de Espira, o autor do ofício litúrgico rimado em honra de nosso taumaturgo, no conhecido responso dá a resposta: todas as que só se podem obter com um milagre.

Se de Antônio, feliz, procuras maravilhas,
A morte, o erro, o mal, a lepra e o demônio,
Toda calamidade foge ao ruído de seu nome,
Para ouvi-lo, o mar parece ter ouvidos,
Por ele os orgulhosos se tornam submissos,
Os ferros se quebram, os membros são curados,

Seu auxílio, o jovem e o velho experimentam,
Faz com que o perdido sem pena se recupere,
Seu constante favor responde as necessidades,
No perigo, seu poder superabunda,
Favor constante dá-nos nas necessidades,
Pádua ressente seus mais ardentes cuidados,
Para honrar seu nome é necessário ver os fatos?

Todos sabem que o glorioso franciscano recebeu de Deus o poder todo especial de fazer achar as coisas perdidas.
Se alguém disso duvidar, nós lhe repetiremos as palavras do célebre padre Nouet:
"Fazei a experiência na primeira ocasião. O crédito que ele tem junto de Deus condenaria a impiedade dos que consultam advinhos, e que perdem a alma para recobrar uma coisa de nada, que desaparece e que poderia ser encontrada por caminhos santos e legítimos".
Ah! Quantas vezes perdemos a presença de Deus, quantas vezes nosso espírito se desgarra e falta à atenção nas oraçõs; quantas vezes perdemos a caridade, a devoção e a graça por nossa negligência sem nos arrependermos? Como seríamos felizes, ó grande Santo, se por meio de vossas orações pudéssemos reaver os bens da alma!
Um dia, a um desses espíritos fortes que desprezam o uso popular de se dirigir a Santo Antônio, para achar as coisas perdidas, São Francisco de sales respondeu:
"Verdadeiramente, senhor, desejo que façamos juntos um voto a esse Santo para recobrar o que perdemos todos os dias, vós, a simplicidade cristã, e eu, a humildade, cuja prática negligencio".

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